Sem papéis
Quer aproveitar o mês da mulher para contribuir com a equidade?
Não reforce divisões de papéis baseadas em critérios de gênero.
Isso é coisa de mãe, aquilo é coisa de pai.
Esse brinquedo é de menino, aquele brinquedo é de menina.
Cor de menino, cor de menina.
Mulher é assim, homem é assado.
Função de homem, função de mulher.
Trabalho feminino, trabalho masculino.
Etc.
Etc.
Etc.
Por mais inofensivo que pareça, não faça isso.
Eu sei, está enraizado, é difícil.
Eu também acho. Eu também cometo esses equívocos de vez em quando, muitas vezes sem nem perceber.
Mas precisamos, homens e mulheres, entender, de uma vez por todas, que gênero não determina papéis sociais. Que essas limitações não são naturais, mas sim verdades construídas socialmente, e que, portanto, podem e devem ser questionadas. Precisamos nos policiar diariamente para não seguirmos inocentemente perpetuando esses equívocos, pois são eles que fornecem a base para a manutenção da desigualdade.
Até poucos meses atrás eu diria que, tirando gerar e amamentar, não existe nada que não possa ser feito por todo mundo.
Mas também sigo aprendendo e hoje eu consigo ver além da visão cisgênero predominante. Por isso, posso afirmar com tranquilidade:
Tudo pode ser feito por qualquer pessoa.
Tudo.
E o mundo me parece um lugar muito melhor, para homens e mulheres, sem essas limitações.
O mundo me parece um lugar muito melhor se cada pessoa puder estar dentro do papel que ela deseja executar.
Não porque é homem ou mulher.
Mas porque nasceu com a capacidade de sonhar.

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