Amor multiplicado
Outro dia falei sobre amor multiplicado e tempo dividido.
Hoje quero falar só do amor.
Para mim, amor multiplicado é isso aí.
Não é a capacidade de amar mais e mais pessoas (no caso das mães, mais e mais filhos). É ver o seu amor por alguém se transformar em outras relações de amor que independem de você. Como quando dois filhos se amam. Ou quando apresentamos nosso melhor amigo para um amigo novo e eles viram amigos também. Ou quando nos casamos e ganhamos uma nova mãe, ou irmã, ou muitos novos parentes. Ou quando nossos filhos têm filhos e passam também a amar esse amor de dimensão inimaginável. Talvez seja justamente essa a grande satisfação de ter filhos: ver o maior amor de nossas vidas distribuindo amor pelo mundo. Ver o amor que nasceu na gente render frutos que escapam de nós mesmos. Ver o nosso amor sendo multiplicado. Dizem que temos uma necessidade biológica doida de espalhar genes por aí. Mas não são só os nossos genes que se espalham através dos nossos descendentes. Genes deixados pelo mundo são um sucesso, biologicamente falando.
Mas somos humanos. E humanamente falando, o que faz sentido mesmo é espalhar o amor.
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