Um livro, como assim?
Sempre gostei de escrever.
Já contei aqui sobre minha facilidade com as palavras, mas acho que não falei sobre minha necessidade de expressão.
Sou tímida e só os tímidos sabem o quanto a possibilidade de mandar mensagens de texto ao invés de telefonar transformaram positivamente o mundo. Para um bom tímido, nada melhor do que escrever. Porque por mais que a gente goste de acumular as coisas do lado de dentro, em algum momento é preciso dar vasão. Ou isso, ou "pow"! Lá vem explosão.
E foi assim que comecei a escrever.
Primeiro só para mim: manuscritos terapêuticos guardados no fundo de uma gaveta bem escura, onde ninguém pudesse ver. Depois para o mundo, em um momento de êxtase pós-parto, sob a avalanche descontrolada da ocitocina que vem para sacudir e transformar a vida da mulher.
E não é que gostei dessa história de me expressar? Do meu jeitinho, dentro dos meus limites, mas me abrindo para o mundo?
Só que além de tímida, tinham outras questões. Havia também uma personalidade impostora dizendo que não, eu não era escritora, afinal, onde estava o livro? Talvez fosse melhor deixar essa ideia de escrever para lá... ou só como um hobby de Instagram mesmo.
Mas depois de alguns anos de carreira, muitos sonhos realizados e todo o script da vida bem vivida seguido à risca, o que inclui estudar, fazer faculdade, trabalhar, casar, viajar (sim, no meu caso isso também é essencial) e ter filhos (ufa!), faltava alguma coisa. Faltava o livro, ora! (a árvore vou deixar para depois, quando a vida se acomodar novamente).
Brincadeiras à parte, faltava mesmo me realizar como escritora. Colocar o sonho de levar a minha inspiração para a casa das pessoas no papel. E é por isso que resolvi me aventurar nessa jornada linda que é compartilhar as coisas que passam na minha cabeça, para que elas possam povoar a cabeça de outras pessoas também. Porque um livro é isso: partilhar ideias, casos, fantasias e inspiração. E é "só" tudo isso que eu quero dividir com vocês.
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