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Literatura infantil para maiores



Hoje quero falar de fantasmas.


Pluft, especificamente.


E sobre Maria Clara Machado, que deu nome à escola onde estudei até a segunda série. Apesar disso, pouco me lembrava sobre a sua obra. Até que veio o Caetano e um presente do seu padrinho: alguns livros da autora.


É claro que eu não poderia me lembrar de como Maria Clara Machado é maravilhosa. Na época da escola eu me atinha apenas aos piratas e fantasmas. Não era capaz de me atentar às joias escondidas em seus textos. Como são brilhantes os seus textos, diga-se de passagem. É certo que às vezes me deparo com um ou outro trecho inapropriado para o contexto atual. Aproveito que Caetano ainda não sabe ler para fazer uma curadoria dentro do próprio texto. Maria Clara que me perdoe, mas até isso faz parte: perceber o que não cabe mais sem invalidar a grandeza da obra. Porque se algumas coisas são frutos de um outro tempo, outras são verdades absolutas o tempo todo.

Como essa fala da Mãe Fantasma, que me faz pensar no quanto as histórias são universais e para qualquer idade, ainda que disfarçadas sob magia e fantasia, fantasmas e piratas, monstros e dragões, bruxas e lobos. Histórias infantis podem ter muito para contar também para nós: crianças grandes.

É, Pluft. Sua mãe tem toda razão. Aliás, mães muitas vezes têm razão. Às vezes não, e é bom que isso fique claro. Mas também é bom que se saiba que, mesmo quando erram, elas estão fazendo o seu melhor.

Voltando ao mundo, é exatamente como ela disse: é preciso estar de olhos abertos para ver. E por mais óbvio e banal que isso possa parecer, é imprescindível guardar esse conselho: é preciso abrir os olhos! É preciso estar atento! Porque o trivial, de tão evidente, é justamente o que passa desapercebido. São os detalhes, esses pedacinhos sutis de vida ordinária, que costumam tornar a jornada tão extraordinária. Dizem que no fim do caminho, quando estamos cansados demais até para abrirmos os olhos, é das coisas mais singelas que iremos nos lembrar.

Sabedoria indispensável para crianças de todas as idades. Principalmente para as que já cresceram. São as que mais precisam ser lembradas da importância desse gesto tão corriqueiro: abrir os olhos.

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      Flávia Vilhena
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Sou a Flávia. Mãe do Caetano e do Augusto. Viajante, ex-blogueira (de viagem), advogada e agora escritora...

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